Os secretários municipais de Indústria e Comércio e representantes dos Centros Empresariais (CAE’s) que participaram do 2º Encontro de Secretários de Indústria, Comércio, Minas e Energia vão retornar as respectivas cidades com uma bagagem de muita informação. Além de conhecerem mais o trabalho executado pela organizadora do evento, Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), suas vinculadas (Jucemat, Metamat, Ipem) revelaram novidades que serão implementadas ainda este ano. Na oportunidade a MT Fomento também falou da reformulação realizada nas linhas de créditos. O evento sediado em Cuiabá, aconteceu nesta terça-feira (08.05) no Auditório da Fecomércio durante o dia.

A Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat), primeira das vinculadas a se apresentar, anunciou a implantação da Redesim, que deve estar em funcionamento no segundo semestre. “Não dá mais para esperar, alguns Estados já estão operando através da Redesim. O assunto tem sido debatido nos Encontros da Associação Nacional de Presidentes de Juntas Comerciais (Anprej) para que seja prioridade nos Estados brasileiros a implantação do sistema. É uma ferramenta que vai agilizar todo o processo de abertura de uma empresa, interligará o cidadão com os demais órgãos orientativos, reguladores, de registro (Jucemat), intervenientes e a administração tributária. Ou seja, o empresário não precisará se deslocar para os diversos órgãos para dar entrada no Alvará, na Inscrição Estadual, no CNPJ. Como será interligado automaticamente um vai emitindo a informação para o outro”, disse Roberto Peron, presidente da Jucemat.

Por meio da Redesim, poderá ser feita a baixa de ofício. Por exemplo, se a prefeitura cassar o Alvará de determinada empresa ou a Sefaz suspender a Inscrição Estadual, todos os demais órgãos envolvidos ficam sabendo e a Receita Federal caça o CNPJ, inviabilizando a empresa.

A Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), mais uma vez demonstrou sua missão que é de garantir ao Estado e a população o acesso aos benefícios gerados pelo aproveitamentos dos seus recursos. Por ser uma empresa atuante na pesquisa, tem conhecimentos peculiares sobre bens minerais. “A Metamat tem informações sobre os bens minerais pesquisados, onde estão localizados, tamanho da área e até por quantos anos podem ser explorados. Possui equipe com os melhores especialistas da área. Como resultado desse trabalho tem buscado atrair para o Estado o investimento de grandes empresas de mineração, que rendeu a Mato Grosso bons frutos, entre eles o terceiro lugar como maior potencial exploratório”, frisou Charles Pantoja, consultor da Metamat, representando o presidente da Companhia, João Justino Paes Barros.

Charles abordou alguns projetos executados em municípios variados e outros que estão em execução com interferência direta da Metamat. Um deles, o Tanque de Padres, em Poconé, para tratamento e recuperação de rejeitos contaminados por mercúrio. Também Projetos de investigação científica que baseiam o público investidor, que foi executado graças a uma cooperação técnica do Brasil x Japão em 1999/2001 que possibilitou o mapeamento geológico que serve de referência para empresas do mundo todo que desejam investir em Mato Grosso.

Já o Instituto de Pesos e Medidas de Mato Grosso (Ipem-MT), que realiza ações de fiscalização da avaliação da conformidade e de produtos pré-medidos, atende também demandas por solicitação do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e das Secretarias do Estado. Uma delas, solicitada pelo Ministério Público, para verificação de catracas eletrônicas do transporte coletivo colocou o Ipem em primeiro colocado pelo Inmetro, na execução do trabalho. “A exemplo do que já foi colocado pelos palestrantes que aqui ministraram, é o Estado exportando seu know hall. Em 2011 o Ipem também ficou ranqueado em 9º lugar em arrecadação, sendo que 10% do total foi revertido em estrutura física (aquisição equipamentos) e capacitação dos servidores”, declarou João Henrique Targa de Moraes, assessor da presidência do Ipem-MT, que representou o presidente Clodoaldo Ferreira. Está em estudo o projeto para construção de um selo de qualidade para produtos do Estado. Vale ressaltar que a receita do Ipem é exclusivamente oriunda do Inmetro.

Para o secretário de Agricultura, Indústria e Comércio de Campinápolis, Gilberto Galvão Pinto, o Encontro representa uma comunicação direta com os municípios. Recém empossado no cargo, ele já identificou algumas dificuldades para sua gestão. “Como empresário estou familiarizado com os temas, mas precisamos contribuir com o município, não temos um Centro Atendimento Empresarial (CAE) para auxiliar o cidadão. Recorremos ao CAE de Nova Xavantina, que fica a 60 km da nossa cidade, para nos dar o suporte necessário. Linhas de Financiamento é outro projeto que precisamos disponibilizar aos moradores de Campinápolis. Temos duas agências bancárias e recentemente o gerente do Banco do Brasil que conhecia a realidade local foi transferido para Rondonópolis”.

MT Fomento

A Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso, vinculada atualmente a Casa Civil, reformulou as linhas de créditos e passa a operar sete linhas de financiamento contemplando pessoas físicas e jurídicas. Segundo o assessor técnico Jonie Lacerda, que representou o presidente da MT Fomento Mário Miltom Mendes, foram simplificadas. São elas: MTF Empreendedor, MTF Empresarial, MTF Microcrédito, MTF Empreendedor Individual, MTF Micro franquias, MTF Veículos, MTF Parcerias (são para projetos diferenciados, de acordo com a realidade do negócio). Os juros variam de 1,18% a 2,15% e o prazo de pagamento de acordo com o projeto e ramo de atividade.

“A MT Fomento vai operar em breve com recursos do BNDES, do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e mais o FCO, que será diferente do FCO operacionalizado pelo BB. Será direcionado para micro e pequenas empresas”, revelou o assessor.